CANTINHO DA ISABEL




"IRREALIDADES"
15 de Julho de 2014 



No tempo da irrealidade dos sonhos que nos embalam em caminhadas distantes, apenas sonhos não alcançáveis, distantes, em que se estende a mão e ela nunca chega como se  um íman a travasse a todo o instante, algo que se desvanece no sono, no sonho.Num lençol branco, gotas de mel espalhadas em mim, que se dissolvem num mar de espuma branca que bate no corpo mergulhado num oceano imenso, e me derruba na inconsciência de um beijo roubado, que eu não senti, mas que dei, nos sentidos confundidos, baralhados, quimeras embrulhadas no sonho, essência, beleza de um dia, ou de uma noite em que tudo fugia em mim, mas que bailava num querer e não querer, até sentir que tinha acordado, e lá estava, porque tudo tinha acontecido.




"_Na terra embrulho-me nas flores e faço delas meu agasalho, converso com elas que me dão perfumes e odores mágicos.



_No ar voo com as gaivotas, canto com o vento, oiço violinos, agarro as estrelas, toco na lua, minha confidente.




_No mar azul, mergulho, danço com os golfinhos e com as sereias, escrevo na areia teu nome, brinco com os búzios e embalo-me nas ondas ao adormecer.

E vou seguindo até amanhecer de um novo dia!

E TU MEU MAR ...!
6 de Maio de 2014 ·


voar com suas  cores vivas, atraentes, e vê-lo ir para longe, até desaparecer no horizonte.
Mas o meu mar, é diferente.Ela é a maturidade, é a beleza vista com outros olhos, não os de criança que apanhava conchinhas, mas a mulher que de manhã abre a porta e o Alentejo entra por ela adentro, e a fragrância dos pinheiros, o cheiro fresco sobe por todo o corpo e inibria.O cantar dos pássaros, aquela linguagem mística que entra pelos ouvidos e dá vontade de dançar no silêncio da terra virgem. Não são pessoas, mas falam mais que muitas, que travam monólogos, todos os dias iguais, enfadonhos, entediados.
Mas... o mar, esse mar com quem se pode falar, porque ele responde, na onda que vem, na onda que vai, sentada na areia espero, contamos segredos, histórias, pedimos conselhos, muitas vezes grita, outras vezes chora, e outras simplesmente responde com um silêncio decifrável, mas a resposta chega no azul, no peixe que nada enrrolado no branco onde tantas vezes me visto... e eu farei parte de ti, e tu farás parte de mim.Eu sou tua, tu és meu, meu mar imenso, que não te sei o fim, mas sei onde começas e onde eu me deito e contigo respiro, contigo vivo, contigo amo"

.


"Às asas da gaivota me agarrei, no seu dorso me sentei,  seria um voo alto, distante.
No azul entrei, e olhava em redor, e o azul do mar estava a ficar longe, mas misturavam-se, os azuis e os verdes, as pessoas eram seres pequeninos que já pouco se visualizavam.
egura, mas rápido percebi que delas escorriam gotas de água.....andei mais um pouco e o sol sorriu para mim, e as gotas abraçaram-se com o sol e surgiu um arco-íris de cores fantásticas peguei nelas e transformaram-se em lápis de cor, fiz então um desenho, quase infantil e mais uma vez entendi que era ali que queria ficar por algum tempo no silêncio entre os azuis e as cores fantásticas, observando o mundo, por vezes cruel, desumano, mentiroso.
Mas ali não, tudo era puro, colorido, e via as crianças brincar, sem lágrimas, só precisavam  agarrar o arco-íris nas suas mãos pequeninas e sorrir"





 VIDA _ O LIVRO DE TODOS NÓS

Provavelmente a nenhum de nós ocorreu, ou pensou que todos somos um livro_________ talvez um livro por "publicar". Nascemos de duas histórias que se encontraram numa estante qualquer,cada um com uma história guardada, e escrita, cumprimentaram-se, trocaram olhares, e  entre os dois o amor aconteceu, aconteceu magia e surgiu um romance entre eles. Quiseram juntos escrever mais uma história, que ao fim de algum tempo nasceu branca, sem letras, sem palavras, sem história ainda por escrever, o tempo foi passando e mais histórias nasceram e eram histórias lindas, e as páginas começaram a ser preenchidas, ilustradas, umas a cores, outras a preto e branco, uns dias com sorrisos, outros com lágrimas, mas os capítulos seguiam o seu rumo, caminhavam, voavam, umas mais breves, outras mais longas, conforme tinham sido traçadas nas estrelas, ou conforme os dedos que as escreviam. Nós escrevemos a nossa própria história todos os dias, somos nós que escrevemos o livro, e ele será tão mágico quanto o empenho que nós depositamos nele, e o tempo que lhe dedicamos, a nós e aos outros livros que fazem parte da nossa estante. _ Sim porque todos nós somos escritores do nosso próprio livro, da nossa própria história. Esta história é a nossa "VIDA" E, o meu livro continua a ser escrito, em capítulos, com as mesmas personagens. Escrevam os vossos livros, da melhor maneira, sem mágoas, com magia, com sonhos à mistura, e verão__________ o Amor acontece e o livro terá um Final Feliz. Este pequeno texto não é mais que uma reflexão simples da vida, da vida de todos nós.



"SOU”
Não sou cidade
civilização,
sou terra e mar,
campo
aldeia,
cheiro a pão fresco
compota, manteiga,
lareira,
à noite luar.
Não sou copo de vinho
na mão,
sou água,
sou fruta fresca
apanhada
no pomar,
sou música, poema
não sou carpete vermelha
salto alto,
sou sapato na mão,
não sou blush
nem rouge,
cabelo pintado
madeixas,
sou pé no chão
sou terra,
lavrada
sou solo
virgem,
poesia
cabelo seco ao vento
em dias de Verão,
sou cara lavada
no riacho
na cachoeira,
não sou noitada,
sou pôr do sol na praia
não sou orquestra
sou violino,
piano,
guitarra,
o dó ré mi do vento
que entoa uma canção
no ouvido,
não sou barulho
sou silêncio,
sou peixe no mar,
sou gaivota no ar
sou assim
simplesmente.
Isabel De Sá Cabral © All rights reserved

NA LEVEZA DAS PALAVRAS
8 de Novembro de 2013 ·


da pura, que faz transparecer o corpo  belo de mulher, em dias escaldantes de Verão, e percorre com seus dedos os sentidos, nessa demência e desliza "suave a melodia com que esquece o pensamento, dizendo baixinho para sempre em AMOR".... ao fazermos castelos na areia!
E DAS MEMÓRIAS ? 

"SONHO"
Numa brisa aprazivel e gostosa
um dia me perdi
pelo infinito
daquele mar imenso de açafrão
das rendas sem igual da minha terra
num zarpar constante e permanente
da bruma,
num manifesto querer de navegar
ao encontro da espuma
que mãos, todos os dias a lutar,
numa luta sublime, e desigual,
entre vigílias penosas
e angústias mortais
tecem belezas feitas maresia.
E, nos bilros,das mãos das rendilheiras,
cansadas já de tanto labutar
de novo me perdi pelo infinito.
E, então
nas ondas me despi
dos preconceitos, fugi
da bruma e do casar fiz um vestido
de renda branca urdido
por mulheres obreiras de milagres,
que, entre os dedos
de onde pendem os bilros
contam e recontam mil segredos,
nos piques com perfume de açafrão,
e estórias de encantar
de geração atrás de geração.
E assim eu fui milagre entre milagres,
por, só de ver e ouvir as rendilheiras,
eu própria me sonhar
que era uma renda. 
RESOLVI ASSIM PUBLICAR ESTE,NA BELEZA E NA SIMPLICIDADE COLORIDA,JUNTO DA GALERIA ACIMA,QUE ME FAZ SENTIR VIVO E ME ESTIMULA A CRIAR NOVA POESIA
PORTANTO OBRIGADO MANA
FAZ HOJE 3 ANOS
19 de Junho de 2012 às 17:15 ·
E QUE PERDURE O SORRISO!

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